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Project Finance na infraestrutura brasileira

Project Finance na infraestrutura brasileira

País de dimensões continentais, o Brasil tem muito o que aprimorar em termos de infraestrutura para continuar crescendo. É o que indicam dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), segundo os quais seria preciso aplicar, anualmente, cerca de 4,3% do PIB ao longo da próxima década apenas para reduzir os atuais gargalos. 

É sem dúvida um grande desafio que demandará cada vez mais a participação de investidores e financiadores, principalmente através de Project Finance, modalidade de financiamento que se diferencia da tradicional por, conceitualmente, contar exclusivamente com a geração de caixa do projeto sendo financiado para pagamento dos juros e do principal do financiamento. 

Como grandes projetos nas áreas de infraestrutura necessitam de volumosos recursos financeiros para sair do papel, incluindo projetos em saneamento, portos, aeroportos, rodovias, energia, entre outros, usar essa modalidade é muitas vezes a forma mais eficiente de viabilizar esses projetos. 

Isso porque, enquanto em um financiamento bancário tradicional os financiadores avaliam os principais indicadores econômicos e financeiros históricos da companhia através da análise de suas demonstrações financeiras, no Project Finance o financiamento está vinculado a um projeto específico que tradicionalmente conta com contratos de longo prazo, trazendo previsibilidade para a geração de caixa futura, diluindo assim os riscos da operação.

Historicamente no Brasil, o Project Finance contou majoritariamente com o apoio de bancos de fomento, principalmente o BNDES, que por bastante tempo contou com volumes significativos de financiamento disponíveis e excelentes condições, entre as mais competitivas do mercado. No entanto, esse cenário tem se alterado bastante ao longo dos últimos anos, devido a diversos fatores, como diversas mudanças nas diretrizes do BNDES que ajustaram os juros ofertados para taxas mais próximas às de mercado, a criação de leis para incentivo ao investimento em infraestrutura, como a Lei 12.431 que criou as debêntures incentivadas em 2011, o aumento expressivo no número de fundos de investimentos focados em crédito privado que financiam ativos de infraestrutura e um aumento significativo do número de pessoas físicas investindo em títulos de crédito privado. Esse interesse crescente de pessoas físicas e de gestoras acontece, em especial, pelos benefícios tributários de títulos incentivados. 

Seja qual for a estrutura, nós, da VirtusBR Partners, temos experiência acumulada em Project Finance, com um relacionamento construído e qualificado ao longo de anos com instituições financeiras privadas, de fomento e multilaterais que atuam no segmento, bem como com diversas gestoras de recursos com fundos focados em crédito privado. 

Outro aspecto importante de nossa atuação é que, como trabalhamos exclusivamente como assessoria independente nesses negócios, não temos nenhum conflito de interesses por não financiarmos os projetos, sendo nosso único objetivo ao atuar nessas operações a busca pelas melhores condições de negócios para os nossos clientes.   

Sempre envolvemos uma equipe sênior, com sócios que já vivenciaram transações de Project Finance de várias posições diferentes de mercado, seja como assessores em grandes bancos ou CFOs de companhias, por exemplo.

Acreditamos que, mesmo com as taxas de juros ainda muito elevadas no Brasil, haverá muitas oportunidades para investidores, de diversos tipos, que queiram participar de operações desse tipo.

Esses investidores e demais participantes do mercado estarão atentos à agenda de concessões deste e dos próximos anos, que contempla, além de ativos em setores tradicionais, aqueles relativos à transição energética.

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